Ao fechar 2016, a Seguradora Líder apontou despesas gerais da ordem de R$ 382 milhões, 11,9% acima dos R$ 341,2 milhões registrados no exercício anterior. Só com o serviço de cobrança bancária, a companhia gastou R$ 95 milhões. Embora tenha ficado três pontos percentuais abaixo de 2015, o custo bancário continuou tendo peso preponderante, a ponto de representar 25% do montante total. Ou seja, um quinto das despesas gerais.
Aliás, as despesas com cobrança do DPVAT alcançaram a cifra de R$ 244,2 milhões no ano passado, crescendo 2,4% em um ano. Além do custo da cobrança bancária, os gastos com os bilhetes do seguro também foram consideráveis, mesmo recuando 2,2% frente a 2015. Foram R$ 53 milhões, aliados a desembolsos de R$ 22,7 milhões para suprir dispêndio com a arrecadação, que subiram 19,2%.
O dinheiro empregado para manter em funcionamento os serviços de processamento de dados em 2016 foi igualmente bem elevado, ao atingir R$ 73,5 milhões – expansão de 5,2% ante os R$ 69,8 milhões gastos um ano antes. Com os departamentos de trânsito (Detrans) de todo o País, na qualidade de pontos de atendimento do DPVAT, a Seguradora Líder desembolsou, por sua vez, R$ 91,3 milhões.
Nas despesas gerais, o aumento mais expressivo foi observado na carga tributária, puxado pelo PIS e pelo Cofins. Foram R$ 135,7 milhões em 2016, contra R$ 97,9 milhões em 2015: alta de 38,6%. Em nome da taxa de fiscalização, a Líder transferiu para os cofres da Superintendência de Seguros Privados (Susep) R$ 828 mil, 26,4% a mais do que em 2015. O peso de toda a carga tributária sobre as despesas gerais foi de 35,5%.
Já com o chamado custo de aquisição, a Líder gastou R$ 61,1 milhões em 2016, sendo que R$ 54,4 milhões seguiram para o Fundo de Desenvolvimento Educacional do Seguro (FDE), leia-se Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg). As comissões pagas a corretores, por sua vez, ficaram estáveis na casa de R$ 6,2 milhões.