Investigação conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Polícia Federal conseguiu prender e processar somente os pequenos. Os grandes, inclusive dirigentes da Seguradora Líder, continuam soltos, rindo da sociedade brasileira
A Operação Tempo de Despertar teve início em abril de 2015 depois que as investigações do MP e da PF apuraram fraudes no DPVAT que continuam provocando prejuízos imensuráveis. Na época, a estimativa era pequena, algo em torno de R$ 1 bilhão. O desvio seria hoje na ordem de R$ 9 bilhões.
Em decorrência das irregularidades apuradas, foram presos empresários e pessoas ligadas a eles, policiais civis e militares, inclusive um delegado, médicos, advogados e fisioterapeutas.
O delegado federal Marcelo Freitas – que hoje é deputado federal – disse na ocasião acreditar que a fraude contra o DPVAT deveria estar acontecendo da mesma maneira em todo o País.
As investigações do MP, PF, TCU, SUSEP e MF mostraram a conivência e a participação de dirigentes da Seguradora Líder.
Quatro anos se passaram e a sociedade brasileira ainda espera que a justiça seja feita, punindo exemplarmente os criminosos e devolvendo o dinheiro desviado e cobrados a maior aos segurados. A pergunta que se faz é: quando acontecerão as prisões e condenações dos dirigentes e responsáveis pelos crimes cometidos?
Em um dos relatório da SUSEP aponta que somente um dos dirigentes da Líder desviou R$ 59,5 milhões.
Até quando os brasileiros permitirão que os responsáveis fiquem impunes, incentivando a criminalidade?
Vídeos mostram como funcionava
Assista os vídeos com declarações do Promotor Público Paulo Marcio e do delegado federal Marcelo Freitas, mostrando como foi arquitetada a criação da Seguradora Líder e como eram feitas as fraudes no DPVAT, cujos valores desviados superam o da Petrobrás no âmbito da operação Lava Jato:
Líder foi efetivada para justificar uma grande fraude
Como eram feitas as fraudes no Seguro DPVAT