“Você fala em preservar o sistema de livre iniciativa, mas quem o está destruindo? A comunidade empresarial tem uma larga porção de culpa.
Ser pró-livre iniciativa e ser pró-empresas são coisas diferentes.
Os dois maiores inimigos da livre iniciativa têm sido, por razões opostas, na minha opinião, por um lado os meus companheiros intelectuais e, por outro lado, os grandes empresários.
Meus colegas intelectuais são todos a favor da liberdade para si mesmos e, no final das contas, se eu disser para eles, ‘é um desperdício muito grande termos dez pessoas pesquisando o mesmo assunto, você não acha que deveríamos ter uma secretaria do governo avaliando quais projetos deveriam ser prioritários e quem deveria assumir cada um deles e, desta forma, eliminaríamos a competição!’
Eles iriam falar que eu não entendi o processo de pesquisa científico, não compreendi a necessidade da liberdade acadêmica, de permitir as pessoas de escolherem os seus próprios interesses de pesquisa, e é claro que eu entendo e concordo com isso.
Mas quando você estende isso para o resto das coisas é diferente, é um desperdício tremendo termos quatro postos de gasolina em quatro esquinas diferentes, nós temos que ter uma secretaria do governo que elimine esta competição e defina as prioridades e faça as coisas do jeito certo.
Então, o intelectual é a favor da liberdade para si, mas se opõe que ela seja estendida para outros.
O empresário não é tão diferente…”
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